terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Cautela?

Hugo Rafael Chávez Frías. Catapultado à cena política venezuelana em 1992, e ao mundo nos últimos anos.
Merece nossa atenção? Total, ou parcialmente? É uma incógnita, que tentaremos desenrolar aqui. Ao mesmo tempo em que é parceiro de Lula, mantém relações com os iranianos atômicos. Lula entra nisso tudo como peça significativa. É possivelmente o único chefe de estado no mundo inteiro a manter relações políticas saudáveis, ao mesmo tempo, com Chávez e Bush.

Evidentemente que a Venezuela não é nenhum exemplo de índices humanitários. Mas também não se compara a nenhuma nação subsaariana, ou a alguma das ex-repúblicas soviéticas. Os petrodólares da PDVSA - empresa estatal petrolífera do país - conseguem manter o país em níveis humanitários medianos. A mesma PDVSA também vende, acreditem, leite.

Em 2006 Chávez começou a colocar em prática a parte mais intensa de sua recém-nascida política armamentista. Comprou dezenas de caças MIG-29 da Rússia, bem como 100.000 fuzis AK-47 e 40 helicópteros militares. Porém, especialistas afirmam que o exército venezuelano não é tudo isso. O pequeno contingente de 82 mil homens se compara numericamente aos números peruanos, muito menos aos (aproximadamente) 180.000 brasileiros e ao incrível exército chinês, com 1.100.000 combatentes.
Em 2007, diminuiu a tal intensidade dessa política, voltando-se para a política interna, e social. Os índices humanitários, dos quais falei ali em cima, ainda não deixam o presidente satisfeito. Agora o líder se empenha em melhorar esses números, ainda sem resultados.


Mesmo assim, Chávez continua investindo em armamento, ainda que discretamente.
Chávez continua mantendo contato com líderes de postura duvidosa, como o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad, o homem atômico na mira dos americanos. E também com Fidel castro, obviamente.
E Chávez continua sim, na minha visão, merecendo muita cautela por parte do Brasil, e de toda a América latina. É esperar pra ver.